quinta-feira, 3 de outubro de 2024

NOTA DE FALECIMENTO: Cid Moreira (1927 - 2024)

É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos rostos mais icônicos da televisão brasileira, aos 97 anos.

Cid estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, e nas últimas semanas vinha tratando de uma pneumonia.

Segundo o Memória Globo, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional cerca de 8 mil vezes, por 26 anos, desde o dia da estreia do telejornal da Rede Globo, em setembro de 1969.

O jornalista nasceu em Taubaté (SP), no Vale do Paraíba, e completou 97 anos no último domingo (29/09).

Sua trajetória começou no rádio, em 1944, após ser incentivado por um amigo a participar de um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté.

Nos anos seguintes, entre 1944 e 1949, ele trabalhou como locutor de comerciais, até se mudar para São Paulo, onde atuou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Em 1951, Cid se transferiu para o Rio de Janeiro e foi contratado pela extinta Rádio Mayrink Veiga.

Foi lá que, entre 1951 e 1956, iniciou a ter suas primeiras participações na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”, na extinta TV Rio.

Cid estreou como locutor de noticiários em 1963, no "Jornal de Vanguarda", da TV Rio, o que marcou o início de sua trajetória no jornalismo televisivo.

Nos anos seguintes, trabalhou nesse mesmo programa em várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, consolidando sua presença e influência na televisão brasileira.

Em 1969, Cid Moreira voltou à Globo para assumir o lugar de Luís Jatobá no Jornal da Globo.

Ainda naquele ano, foi escalado para a equipe do recém-lançado Jornal Nacional, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil.

Sua estreia aconteceu em setembro de 1969, quando dividiu a bancada com Hilton Gomes. Dois anos depois, iniciou uma parceria de longa data com Sérgio Chapelin.

Durante 26 anos, Cid Moreira foi o principal rosto do Jornal Nacional. Sua inconfundível voz passou a ser associada à credibilidade, e seu emblemático “boa-noite” tornou-se parte da cultura televisiva brasileira.

Em 1996, uma reformulação do telejornal trouxe novos apresentadores, William Bonner e Lillian Witte Fibe, com Cid Moreira dedicando-se à leitura de editoriais.

Além do trabalho no Jornal Nacional, Cid também marcou presença no Fantástico desde sua estreia, em 1973, revezando com outros apresentadores.

Em 1999, sua narração do quadro de Mr. M tornou-se um grande sucesso, com sua voz icônica ficando tão associdada ao segmento que ele entrevistou o próprio Mr. M quando o ilusionista visitou o Brasil no ano seguinte.

A partir da década de 1990, Cid começou a se dedicar à gravação de salmos bíblicos. Em 2011, realizou o objetivo de gravar a Bíblia na íntegra, um projeto que alcançou enorme sucesso de vendas.

Em 2010, sua esposa, Fátima Sampaio, lançou a biografia “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”.

Durante a Copa do Mundo da África do Sul, Cid gravou a icônica vinheta “Jabulaaani!” para a cobertura do Fantástico e programas esportivos da Globo, adicionando mais uma página memorável à sua ilustre carreira.

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