Rodoviários da empresa Autoviária Paraense, de Marituba, no Pará, paralisam suas atividades desde a madrugada desta sexta-feira (13), suspendendo a circulação de ônibus urbanos em seis linhas que atendem usuários das cidades de Marituba, Ananindeua e da capital Belém. As reivindicações dos manifestantes abrangem o não pagamento de horas extras pela empresa; denunciam que têm de pagar peças de reposição e pneus dos veículos; têm recebido assédio moral para que, mesmo tendo defeitos em ônibus, circulem nas vias e denunciam falta de estrutura nos finais de linha para os trabalhadores. A empresa alega que cerca de 400 funcionários estão sem poder trabalhar desde a madrugada, por estarem impedidos de sair com os ônibus para circular nas vias da capital e região metropolitana.
"O maior problema aqui, na empresa, é o rodoviário ter de pagar peças de reposição", enfatiza o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba - SINTRAM, Uelem Ferreira. Ele espera que na reunião que os empregados e sindicalistas terão, agora, com a direção da empresa, na garagem na rodovia BR-316, em Marituba, possa ser feito um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Porém, se não houve sinalização de acordo por parte da empresa, os rodoviários poderão dar continuidade à paralisação das atividades. A empresa alega que cerca de 400 funcionários estão sem poder trabalhar desde a madrugada, por estarem impedidos de sair com os ônibus para circular nas vias.
O diretor do SINTREBEL - Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém, Luciano Silva, acompanha as negociações na empresa Autoviária Paraense. "Vamos ter uma negociação agora e, então, esperamos que as reivindicações sejam encaminhadas, atendidas" declarou Luciano.
A empresa Autoviária Paraense informa que "cerca de 400 funcionários da empresa, se apresentaram ao trabalho e estão desde a madrugada sendo impedidos de sair com os ônibus para trabalhar".
Em nota, a empresa de transporte coletivo repassa que "foi surpreendida no dia de hoje, com piquete de bloqueio na porta da garagem pelo Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba - SINTRAM".
"Esclarece que não recebeu qualquer solicitação do SINTRAM que possa justificar tal atitude. Que está sempre aberta ao diálogo, visando a boa relação com seus colaboradores e que estes estão com todas as obrigações sendo cumpridas pela empresa. Portanto, nada justificaria uma paralisação", comunica a Autoviária Paraense.
A empresa destaca: "Vale ressaltar que o direito de greve determina certos requisitos, como: aviso antecipado de paralisação, motivo justificável e garantia de manutenção dos serviços realizados pela categoria".