A informação da morte de Bobby foi confirmada à imprensa do país pela família, que afirmou que Charlton "morreu em paz nas primeiras horas da manhã de sábado. Em 2020, há três anos, ele já havia recebido um diagnóstico de demência.
Ao lado de Geoff Hurst, hoje com 81 anos, Charlton era um dos dois últimos membros vivos dos que estiveram em campo pela seleção inglesa campeã do mundo na final contra a Alemanha Ocidental. Naquela competição, ele marcou três vezes.
O meia-atacante disputou também os Mundiais do Chile de 1962 e do México de 1970, ambos conquistados pelo Brasil, e a Eurocopa de 1968. Com a camisa do seu país, ele marcou 49 gols em 106 jogos.
Revelado pelo Manchester United e considerado um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Bobby nasceu no dia 11 de outubro de 1937 em Ashington e passou boa parte da vida envolvido com o clube. Foi um dos grande nomes dos "Busby Babes", os talentos revelados na base do clube entre os anos 1940 e 1960 que se juntaram ao time do técnico Matt Busby (1909-1994).
Pelos Red Devils, onde atuou de 1956 a 1973, ele fez 249 gols em 758 jogos e ajudou o clube a conquistar seu primeiro título europeu, em 1968, além de três campeonatos ingleses e duas FA Cups. Levou a Bola de Ouro em 1966 e foi vice da premiação nos dois anos subsequentes.
Sir Bobby Charlton foi um dos dos sobreviventes do desastre de Munique, na Alemanha Ocidental, acidente aéreo na decolagem de um avião com o elenco do clube que vitimou 23 pessoas em 1958, incluindo nomes de destaque do clube e do futebol inglês, como Duncan Edwards e Roger Byrne.
Na época, Charlton tinha apenas 20 anos na tragédia, da qual escapou com ferimentos leves e passou uma semana no hospital. Posteriormente, retomaria a carreira e ajudaria no renascimento e no crescimento do clube para se tornar o que é hoje. O atacante dá nome à arquibancada sul de Old Trafford, além de ter uma estátua na porta do estádio do Manchester United.
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