quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Reforma ministerial reduz espaço do PT no segundo mandato de Dilma

Lucas SalomãoDo G1, em Brasília
Infográfico da divisão da Esplanada por partidos (Foto: Editoria de Arte G1)
A definição dos 39 nomes da equipe ministerial do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff provocou mudanças na distribuição dos ministérios entre os partidos da base aliada.
As dificuldades enfrentadas pela presidente nas negociações com partidos aliados fizeram com que o PT perdesse espaço na Esplanada dos Ministérios: ao final do primeiro governo de Dilma. A legenda contava com 16 ministérios e agora passará a controlar 13.
Na Fazenda, Guido Mantega, filiado ao PT, foi trocado por Joaquim Levy, que não tem filiação partidária e entrou na lista de ministros da cota pessoal de Dilma. No Planejamento, saiu a petista Miriam Belchior e entrou Nelson Barbosa, outro ministro sem partido. Na Educação, o petista Henrique Paim deixou o cargo e foi substituído pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PROS).
Além das três pastas, o PT também deixou a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, que tinha como ministra Luiza Bairros, filiada ao PT. No lugar dela, assume a reitora da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira), Nilma Lino Gomes, não filiada a partido. Em troca, a legenda passará a comandar o Ministério da Previdência Social, antes sob controle doPMDB.
Conforme publicou o Blog do Camarotti, a cúpula do PT, mais próxima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não se sentiu representada na reforma ministerial e avalia que perdeu espaço e influência no governo de Dilma.
O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, ganhou espaço no primeiro escalão do governo. Ao fim do primeiro mandato de Dilma, o partido detém cinco pastas (Agricultura, Previdência Social, Minas e Energia, Turismo e Aviação Civil). Apesar de deixar a Previdência Social, terá o controle dos ministérios da Pesca e de Portos e manterá os demais. Apesar de ganhar uma pasta para 2015, o PMDB avaliou que não tem nenhum ministério com visibilidade e também não se sentiu completamente contemplado com a reforma, segundo o Blog do Camarotti.
Outros dois partidos da base governista também ganharam espaço na Esplanada: PSD e PTB. O primeiro continua com o comando da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, mas agora também ficará o Ministério das Cidades, pasta com um dos principais orçamentos no governo federal. O PTB, que tem nenhuma pasta, ficará no segundo mandato com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Mesmo com a troca no comando da pasta (Antônio Carlos Rodrigues no lugar de Paulo Sérgio Passos), o PR vai continuar à frente do Ministério dos Transportes no segundo mandato de Dilma – o partido perdeu a Secretaria de Portos para o PMDB. PC do B(Ciência e Tecnologia), PROS (Educação), PDT(Trabalho), PRB(Esportes) e PP(Integração Nacional) continuarão com um ministério cada.
Cota pessoal
Entre os ministros sem filiação partidária que podem ser classificados como de perfil "técnico" ou da cota pessoal de Dilma, estão Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). Ao todo, serão 11 ministros sem ligação com partidos políticos, um a mais do que no final do primeiro mandato.
Além deles, foram nomeados: Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União); Alexandre Tombini (Banco Central); Valdir Simão (Controladoria-Geral da União); José Elito (Segurança Institucional); Izabella Teixeira (Meio Ambiente); Marcelo Neri (Assuntos Estratégicos); Thomas Traumann (Comunicação Social); e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial).
VERSÃO FINAL - Ministério Dilma (Foto: Editoria de Arte G1)

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